Soldadura metálica e seus processos gerais.
Como tínhamos tratado no post de Setembro, VOCÊ CONHECE A DIFERENÇA ENTRE SOLDAGEM HETEROGÉNICA, HOMOGÉNEA E/OU AUTOGENOSA? A soldadura por fusão ou simplesmente por solda de metal, é uma classificação sob soldadura homogênea, que agrupa muitos processos que são definidos como o método para aquecer dois metais em temperaturas mais elevadas até fundirem, unirem ou fundirem-se, este processo de aportação pode ser feito com ou sem aportação metalizada, em termos gerais sem aplicação de pressão e em temperaturas mais elevadas do que as utilizadas quando se trabalha com soldaduras normais.
Em termos gerais, existem várias técnicas de soldadura por fusão.
FUSÃO – OXIACETILÊNICA (com gás ou tocha, arco voltaico ou resistência)
A fonte de calor adicionada assim a soldadura provém da combustão de dois gases (Oxigénio e acetileno), atingindo temperaturas de 3.200ºC aproximadamente. O calor produzido pela chama é levado à temperatura de fusão dos bordos da peça a unir. É possível soldar praticamente qualquer metal de uso industrial. Como não precisa ser conectado à corrente elétrica, é muito comum o uso.
FUSÃO – ELÉTRICA (Arco elétrico).
É uma das soldas mais usadas para soldar aço, é necessária corrente elétrica, para criar o arco elétrico entre um ou vários eletrodos, assim será gerado o calor adequado para derreter o metal e criar a união. As temperaturas geradas são da ordem de 3.500°C.
Este tipo de soldadura é feita com eléctrodos metálicos ou de carbono e o utilizador deve ser muito hábil para manter o arco à distância adequada para ter um bom resultado.
FUSÃO – LASER
Não é necessário material externo. Este processo é feito aquecendo a área a soldar e aplicando pressão entre os pontos. O hélio ou argônio é utilizado como gás de proteção. A energia é adicionada através de um raio laser.
Esta tabela resume as vantagens, limitações e aplicações deste processo de soldadura.
TÉCNICA DE FUSÃO | VANTAGENS | LIMITAÇÕES | APLICAÇÕES |
FUSÃO OXIACETILÉNICA | – A fonte de calor e a temperatura poderiam ser controladas. – Pequeno custo, equipamento muito versátil. – Sela materiais ferrosos e não ferrosos. – Temperatura de chama mais elevada. |
– Grandes deformações e grandes tensões internas pelas altas temperaturas e a pequena velocidade de soldagem. – Em alta espessura tem um custo elevado. |
– Pequenas produções. – Chapas de aço finas. – Outros metais, aço innox, cobre, latão e níquel. |
FUSÃO ELÉTRICA SMAW |
– Soldadura robusta, muito pequena distorção. – Alta velocidade. – Compatível com todos os metais, excepto alumínio. – Aplicação interior e exterior. – Baixo custo do equipamento. – Fácil de usar. Utilização – Portátil. – Baixo ruído. – Equipamento mínimo. |
– Algumas escórias. – Velocidade moderada. – Limitada a materiais ferrosos. – Limitada a cordas longas, tubos giratórios e granéis. – Provoca irradiações de feixes luminosos, infravermelhos e ultravioletas. |
– Processos de mancha. – Tubos complicados. – Construções pesadas. Ex. Indústria Naval – Fabricação de componentes. |
LASER | – Mais preciso e menos calor de aplicação. – Maior profundidade de penetração. – Livre de porosidade. – Maior eficiência. |
– Alto custo. – Alto consumo de energia. – Não adequado para soldar com cordas muito largas. – Perfuração do material se não for bem controlada. – Nocivo à vista. |
– Robôs industriais. – Automotivos, autopeças. – Fabricantes e fabricação de tubos. – Fixação de peças com espessura inferior a 1mm. |