Artificações humanas encontradas no local indicam que mesmo o Homo sapiens e os Neandertais habitaram a Denisova em algum momento. Este local na Montanha Altai mostra uma quantidade incrível de cruzamentos consanguíneos tanto com sapiens como com exemplares do Neanderthal.
O dedo do pé fóssil da mulher de Neanderthal foi descrito por Adam Siepel, do Cold Spring Harbor Laboratory em Nova Iorque. Ele e seus colegas descobriram que 1% a 7,1% do DNA encontrado no osso do dedo do pé era de humanos anatomicamente modernos. Foi o material genético Neandertal mais bem preservado já descoberto. Comparações com restos de Neandertal da Espanha e Croácia revelaram que a mulher Altai tinha muito mais DNA sapiens do que eles.
Isto pode sugerir que a mistura genética deste nível era rara, ou que havia uma maior quantidade de mistura nas populações Altai do que nas populações europeias. Afinal, as populações Altai tinham divergido consideravelmente das populações da Europa, com uma grande quantidade de cruzamentos consanguíneos. Isto também significa que o Homo sapiens pode ter migrado para fora de África muito mais cedo do que o esperado. A divisão entre os Altai Neanderthals e a população europeia ocorreu entre 167.000 e 68.000 anos atrás, segundo Siepel e Sarah Tishkoff, da Universidade da Pensilvânia, que não fazia parte do novo estudo. A data dessas divisões indica que não só os sapiens chegaram à Eurásia muito cedo em sua história, mas também que essa mistura genética estava se prolongando por muito mais tempo do que se supunha anteriormente.