Maria Sharapova foi na quarta-feira banida do ténis durante dois anos após ter falhado num teste de drogas no Open da Austrália deste ano, colocando mais uma vez o meldonium sob os holofotes.

Meldonium também é conhecido como mildronato, o nome pelo qual Sharapova conhecia a droga, tendo-a tomado desde 2006.

Mas o que sabemos sobre a substância, porque é que os russos a tomavam e porque é que só este ano foi proibida?

– O meldónio é usado para tratar a isquemia: falta de fluxo sanguíneo para partes do corpo, particularmente em casos de angina ou insuficiência cardíaca.

– É fabricado na Letónia e só é distribuído nos países Bálticos e na Rússia. Não é aprovado pela Food and Drug Administration para uso nos Estados Unidos e não é autorizado no resto da Europa.

– Aumenta o fluxo sanguíneo, o que melhora a capacidade de exercício em atletas.

– Wada encontrou “evidências do seu uso por atletas com a intenção de melhorar o desempenho” em virtude de transportar mais oxigênio para o tecido muscular.

– A decisão de adicionar meldônio à lista de proibidos foi aprovada em 16 de setembro de 2015, e entrou em vigor em 1 de janeiro de 2016. Wada havia passado o ano anterior monitorando a droga antes de adicioná-la à lista de proibidos.

– A droga foi identificada no último documentário investigativo sobre as reformas do doping russo, realizado pelo alemão Hajo Seppelt no domingo. O documentário fazia referência a um estudo de 2015 no qual 17% dos atletas russos (724 de 4.316) testados tinham meldonium no seu sistema. Um estudo global descobriu que 2,2% dos atletas tinham meldônio em seu sistema.

– L’Equipe relatou que o assessor científico da Agência Francesa Contra o Doping (AFLD), professor Xavier Bigard, disse em entrevistas com atletas nos Jogos Europeus do ano passado em Baku que uma grande proporção de atletas admitiu ter tomado meldônio.

– É classificado como uma substância S4 sob o código Wada, que aborda os moduladores hormonais e metabólicos.

– A proibição padrão sob o Código Mundial Anti-Doping é de quatro anos.

– Um memorando foi enviado aos atletas pela agência antidoping russa em Setembro passado, informando-os da decisão de proibir o seu uso.

– Sharapova alegou ter tomado a droga durante 10 anos por causa de uma deficiência de magnésio e histórico familiar de diabetes.

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