Mon, 16 de junho de 2014, 20:11 Última atualização em 16/6/14

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Hector Herrera é o coração e a alma do meio-campo mexicano e grandes coisas são esperadas dele nesta Copa do Mundo, mas poderia facilmente ter acontecido de outra forma.

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Apenas quatro anos atrás, Herrera andava a mexer-se nos escalões mais baixos da liga mexicana com salários miseráveis.

A sua esposa estava grávida e achava que o seu jovem marido devia abandonar o sonho de uma carreira de futebol de sucesso.

“Eu não estava a ganhar nada e obviamente sabia que havia honorários de ginecologista para pagar. Foi um momento difícil”, disse Herrera em uma entrevista em vídeo no ano passado com o jornal mexicano Record.

“Falamos muito sobre isso e ela me disse que eu deveria parar de jogar e começar a trabalhar, e eu disse a ela: ‘Não, espere! Eu sei que podemos fazer melhor se eu jogar do que se eu parar e ambos começarmos a trabalhar.”

Ele tinha razão.

A pouco tempo depois o Herrera teve a sua grande oportunidade quando o Pachuca da primeira divisão mexicana, que o tinha criado para uma modesta equipa no estado de Tamaulipas, o levou de volta.

Com suas atuações seguras e inteligentes no meio do parque, ele causou um impacto imediato e, em poucos meses, ganhou uma convocação para as eliminatórias para os Jogos Olímpicos de 2012.

No torneio juvenil em Toulon, França, naquele ano, os treinadores da seleção o elegeram o jogador mais valioso do evento, e apenas algumas semanas depois Herrera ganhou ouro com o México nas Olimpíadas de Londres.

Foi esse triunfo que o chamou a atenção do Porto, que o contratou por $10,5 milhões, um recorde para um jogador mexicano. Ele vem ao Brasil depois de uma sólida primeira temporada na Europa.

Embora tenha sido criado no futebol mexicano, seu ídolo vem das margens do River Plate.

“Sempre gostei da maneira como Juan Roman Riquelme joga”, disse Herrera à Record, referindo-se ao meio-campista criativo da Argentina e do Boca Juniors.

Na terça-feira, Herrera assumirá o papel de Riquelme, logo atrás dos atacantes, espalhando a bola pelo campo, no confronto do Grupo A do México com o anfitrião Brasil na arena de Castelao, em Fortaleza.

Isso assustaria muitos jogadores, mas não Herrera, de 24 anos, parte da equipe que derrotou o Brasil na final olímpica de 2012.

“Estamos pensando em grande”, disse ele aos repórteres na cidade brasileira de Natal esta semana. “Já os vencemos uma vez e sabemos que podemos enfrentá-los novamente”.

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