Na maioria dos centros ambulatoriais o dialisado é preparado de forma centralizada, de modo que a composição do dialisado seja a mesma para todos os pacientes. Quando administrada desta forma, a maioria dos pacientes tolera bem o procedimento. No entanto, há pacientes que toleram mal o procedimento, o que tem motivado muitas pesquisas focadas na individualização da composição do dialisado, a fim de melhorar a tolerabilidade do paciente. A prescrição de um dialisado específico para um paciente tornar-se-á cada vez mais importante à medida que a idade e o número de condições comorbitárias aumentar na população dialítica. Os doentes com doença renal em fase terminal (DREE) dependem da diálise para manter o equilíbrio hídrico e electrolítico. A hemodiálise permite que os solutos se difundam entre o sangue e a diálise de tal forma que, ao longo do procedimento, a composição plasmática seja restaurada para valores normais. A composição do dialisado é de suma importância para a realização deste objetivo. Na maioria dos ambientes ambulatoriais os pacientes recebem hemodiálise usando diálise preparada em massa e entregue através de um sistema central de entrega, de modo que a composição do dialisado seja a mesma para todos os pacientes. Enquanto a maioria dos doentes tolera o procedimento quando administrado desta forma, muitos doentes sofrem de instabilidade hemodinâmica ou de sintomas de desequilíbrio de diálise. Uma estratégia para melhorar a tolerância clínica à diálise é ajustar a composição do dialisado de acordo com as características individuais do doente. Este artigo analisa os recentes desenvolvimentos sobre a forma como o dialisado pode ser manipulado, de modo a melhorar a tolerância do doente. A individualização da composição dialisada é susceptível de ganhar uma importância crescente, dado o avanço da idade e o número crescente de condições comorbitárias encontradas em doentes com DRCT.

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