Povos indígenas na Nicarágua

Existem sete povos indígenas da Nicarágua. A Nicarágua adotou a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas e ratificou a Convenção 169 da OIT em 2010. No entanto, suas comunidades indígenas enfrentam um grande número de desafios, especialmente em termos de construção através de terras comunitárias que afetam sua subsistência, e em termos de o Estado não cumprir com sua obrigação legal de honrar o título das terras em favor das comunidades indígenas.

Os povos indígenas da Nicarágua

Existem sete povos indígenas da Nicarágua. Eles estão distribuídos, histórica e culturalmente, entre a costa do Pacífico, região Central e Norte habitada pelos povos Chorotega (221.000), Cacaopera ou Matagalpa (97.500), Ocanxiu ou Sutiaba (49.000) e Nahoa ou N.huatl (20.000). A costa do Caribe (ou Atlântico) é o lar dos povos M.skitu (150.000), Sumu-Mayangna (27.000) e Rama (2.000).

Outros povos que têm direitos coletivos sob a Constituição da Nicarágua (1987) são os afro-descendentes, referidos como “comunidades étnicas” na legislação nacional. Estas incluem os Creoles ou Kriols (43.000) e os Garífunas (2.500).

Desafios principais para os povos indígenas da Nicarágua

Uma grande preocupação para os povos indígenas da Nicarágua é que o governo está impulsionando a construção e promoção do Grande Canal Interoceânico através de terras comunitárias, o que está afetando o sustento dos povos indígenas em um alto grau.

Outro desafio para os povos indígenas da Nicarágua são os exemplos de como o Estado da Nicarágua não está cumprindo sua obrigação legal de honrar o título emitido pelo próprio Estado da Nicarágua em favor das comunidades indígenas. É o caso das comunidades da Bacia da Laguna de Perlas, da comunidade de Tilba Lupia, do Território do Priorado Tasba, da Comunidade Indígena Crioula Negra de Bluefields, e das comunidades do Território Rama e Kriol.

Durante 2017, a CIDH reiterou sua preocupação com os defensores dos direitos à terra e aos recursos naturais, e com os povos indígenas e afro-descendentes envolvidos nesse trabalho de defesa, que continuam a enfrentar grandes riscos de violência na Nicarágua.

Potencial progresso para os povos indígenas da Nicarágua

A Corte Interamericana e a Comissão Interamericana (CIDH) tomaram algumas medidas para apoiar as comunidades indígenas em casos de invasão ilegal de pessoas não-indígenas ou “colonos” em territórios indígenas legalmente titulados.

Em 2016, a CIDH concedeu medidas cautelares em favor de 12 comunidades. Entretanto, o Estado da Nicarágua não respeitou as medidas cautelares, e os membros da comunidade ainda não podem se mover livremente e usar suas terras para se dedicarem à caça, à pesca e à coleta de frutas, pois enfrentam colonos armados que estão invadindo suas terras.

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