Contorcionista e aerialista, ela foi uma artista de circo e, acima de tudo, a primeira artista de tatuagem feminina conhecida nos Estados Unidos. A sua é uma história de amor, tatuagens e fama.
Nascida em fevereiro de 1877 no Condado de Lyon, Kansas, Maud Stevens era uma artista que viajava com circos e apresentações paralelas quando conheceu seu futuro marido Gus Wagner na Louisiana Purchase Exposition (uma espécie de Expo de hoje). Ele era um marinheiro que viajou pelo mundo nos últimos 1800s e voltou para casa coberto de tatuagens. Ele sempre disse que aprendeu a tatuar com os homens das tribos de Janva e Bornéu. Atraída pelas tatuagens, Matilde parece ter trocado seu primeiro encontro romântico por uma lição de tatuagem, até que ela se apaixonou e se casou com ele vários anos – e lições – mais tarde.
Ela tornou-se sua tela, sua aprendiz e o amor de sua vida.
Tinham uma filha, Lotteva, que teve que se tornar ela mesma uma artista de tatuagem. Apesar da profissão de seus pais, Maud proibiu Gus de tatuá-la e ela nunca foi tatuada por ninguém, tornando-se uma das poucas tatuadoras não tatuadas conhecidas.
Maud e Gus eram especializados em tatuagens feitas à mão, apesar da máquina de tatuagem já estar difundida. Assim, os Wagners tornaram-se dois dos últimos tatuadores a trabalhar à mão. A notícia da primeira mulher tatuadora espalhou-se por todos os Estados Unidos. Além disso, seu corpo foi engolido em tatuagens: borboletas, leões, cobras, retratos de árvores e seu próprio nome no braço esquerdo, então ela deixou o circo e começou a se apresentar como atração tatuada. Além disso, ela continuou tatuando seus colegas de circo e o público que se aglomerava para vê-la.
Maud Wagner morreu em janeiro de 1961 em Lawton, Oklahoma. Ela ainda é reconhecida como um marco na história da mulher tatuada e da emancipação.